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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

A biologia de Deus

SERIE UMA FORÇA EM MOVIMENTO

Um dos grandes problemas que a pós modernidade tem trazido para a igreja é a visão distorcida da mesma. Temos tratado a igreja como uma organização e o Novo Testamento traz a visão da igreja como um organismo. “Toda vez que olhamos para a igreja como uma organização, começamos a criar uma instituição. Em contrapartida, ao nos referirmos a ela como um organismo, começamos a despertar... o poder e a vida do Espirito de Deus.”

TORNANDO-SE UM AMBIENTALISTA ESPIRITUAL
O pastor como ambientalista espiritual tem a incumbência singular de levar o povo de Deus a se tornar aquilo que realmente é. Para que a espécie sobreviva e se reproduza em determinado ecossistema são necessárias pelo menos cinco características básicas, veremos:

1) UM ECOSSISTEMA EQUILIBRADO
A bíblia nos conta que quando o homem pecou, toda a terra gemeu.
Aqueles que estudam a ciência nos dizem que o movimento da asas de uma borboleta na América do Sul poderia, em certo sentido, ser a causa primaria de uma avalanche na Antártida. A ideia de que o pecado de um homem e uma mulher poderia causar uma ruptura em todo o cosmo é uma descrição extraordinária de conexão orgânica que existe em todas as coisas na natureza.
A medida de nossa saúde espiritual deve ser a nossa capacidade de servir no relacionamento com o mundo perdido e dilacerado. A vida da igreja não pode ser separada da vida do mundo à sua volta. Há um ecossistema equilibrado com Deus, com as pessoas e com o mundo em que elas vivem.

2)ADAPTAÇÃO AO MEIO AMBIENTE
Todo sistema vivo que frutifica e se comunica precisa se adaptar ao ambiente em que foi estabelecido. As espécies que prosperam são as espécies que se adaptam. Aquelas que não se adaptam à mudança deixam de ser uma realidade permanente. Essa é a diferença entre macroevolução e microevolução. Não se trata da descrição da transformação de uma espécie em outra, pois Deus claramente criou cada uma delas segundo sua natureza, estamos falando do aprimoramento da espécie.
O que costuma ser considerado aprimoramento nada mais é, na verdade, que adaptação – mude ou morra. Se aceitarmos a premissa de que a igreja é um organismo, então compreendemos que ela tem a capacidade de se adaptar ao ambiente.
A igreja precisa se adaptar a um mundo que está se transformando, caso contrário estará se condenando à irrelevância ou mesmo à extinção.
Orientar a igreja de tal forma que ela se torne uma comunidade inteiramente orientada pelo texto impresso é uma sentença de morte. As pessoas simplesmente não leem, elas se limitam a observar. Nossa cultura se baseia na experiência do outro. Alem do surgimento de uma sociedade pós-literária, temos uma cultura baseada no entretenimento.
Precisamos nos adaptar para que sejamos capazes de capturar imagens que comuniquem a verdade, e se sair da imobilidade para o uso de sistemas de comunicação dinâmico.
Não pode ser vista como um mal necessário, mas como uma ferramenta concedida por Deus. A igreja primitiva se formou a partir de um contexto de perseguição. A igreja foi criada para prosperar nos limites da mudança, e no centro da história. Ela foi criada para crescer em meio as mudanças radicais de nosso ambiente.

3) REPRODUÇÃO ESPONTÂNEA
Todas as criaturas viventes foram criadas para reproduzirem e com isso sua espécie perpetua continuamente. A igreja não é diferente, se não abrirmos os olhos, ela será extinta, pois está passando por um momento estéril. A reprodução deve acontecer de maneira natural.
A mula é a combinação do acasalamento do cavalo e o burro, porém a mula por sua vez é estéril.
Isso acontece quando o homem quer criar a igreja, ela se torna uma igreja estéril, a igreja que é criada por Deus possuem a capacidade de se reproduzir espontaneamente, resultando de uma força externa que orienta uma espécie. A igreja que nasce de forma certa, reproduz de maneira certa e continua.
4) INSTINTO DE PRESERVAÇÃO
Da mesma forma que a preservação é característica comum a todas as criaturas, também o é em uma igreja viva. Ela precisa cuidar de seus jovens e mostrar-se sensível ao que é necessário à sua sobrevivência espiritual. A igreja possui um instinto natural de preservação, por isso se alimenta de maneira apropriada e saudável.

5)CICLO VITAL HARMÔNIOSO
Só há uma maneira dos templos permanecerem cheios ao longo das gerações: as igrejas devem viver, morrer e nascer de novo, num ciclo permanente. Para produzir o tipo de impacto sobre a história que Deus deseja, precisamos nos conscientizar que esse ciclo vital é fusto e necessário. No fim, a questão não é tanto de prolongar ou perpetua nossa vida, e sim de promover a vida do próximo.
O exemplo mais inspirador que a natureza fornece é o salmão que nada contra a corrente, rio acima, com o propósito único de dar origem a uma nova geração, mesmo que isso lhe custe a vida .
A noiva abre mão do seu nome quando se casa com o noivo. O nome das nossas igrejas – a identidade que elas possuem como comunidade locais distintas – precisam ser assimilados pelo único nome que importa, o nome de nosso Senhor Jesus Cristo. Precisamos viver a vida com a fidelidade que demostraríamos se soubéssemos que Jesus está voltando hoje, mas com a consciência de que ele pode levar outros mil anos ou mais para retornar.
Nosso destino está nas origens. Provavelmente o pastor é, em primeiro lugar e acima de tudo, um ambientalista espiritual que desperta a essência primordial da igreja.

Texto retirado e adaptado para este blog.
Livro: Uma força em Movimento
Autor: Erwim McManus

Um comentário:

  1. Celeste,
    Excelente texto não pare de compartilhar com todos o produto do seu saudável questionamento. vendo uma pessoa como você e tantas outras que começamos a ver por aqui e por ali. posso ariscar dizer que uma categoria especial de indivíduos começa a se colocar no senário. acho que o grande problema da religião tradicional e da ciência tradicional é a arrogância com o qual eles se revestem. acho que nos humanos somos um ser a parte na natureza e nossa condição é: não podemos ter um conhecimento definitivo sobre nada e não podemos viver simplesmente como animais. quem gosta de ser gente tem que se amonizar com essa condição, quem não gosta morde pedra.

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