Já tive vários
amores: aquele menino que nos seu primeiro dia de aula chorou por
estar longe da mãe, meu primeiro amor – ele nunca soube. Outro,
que só aprendi a amar de verdade quando o perdi; depois disso filmes
de romance eram como os de terror, guardei seu violão, suas cartas
de amor. Coração partido, parecia que jorrava sangue a cada
lembrança. Não devolvi seus Cds, por não querer olhar nos seus
olhos e perceber que todos os planos estavam mortos, ainda lembrava o
número de seu telefone, o seu cheiro, cada ponto dos olhos verdes.
Depois me acostumei a pensar só em mim, a carregar minhas malas ao
viajar, a escrever minha monografia, meus trabalhos acadêmicos no
sábado à noite.
Hoje, Rodrigo, você me
faz acreditar novamente no amor; você me ensina a cada dia coisas
que nunca pensei que aprenderia. Você me ensina a falar com o
sorriso, com o olhar. Olhando seus olhos bem de perto, vejo sua alma,
e eu não canso de te olhar, procuro fazer graça para ter um segundo
do seu sorriso. Sei que falo como quem está apaixonada, mas é isso
que estou. Antes eu não queria, pois a paixão, na maioria das vezes
resulta em um coração partido; mas resolvi arriscar... vale a pena
arriscar. Viver um dia de cada vez, esse é meu segredo para ser
feliz com você. Juntar momentos, como que por um vento, sentir teu
cheiro; como que por um beijo, sentir arrepios; quando estou com
frio, você abre o casaco e me da uma abraço forte e quente, ou por
eu não saber como dizer algo, fazer pantomima em praça pública e
com isso você me mostrar como dizer e em seguida dar uma gostosa
gargalhada. Com você eu aprendi a gostar de filmes legendados, você
venceu minha preguiça. Enfim, você me faz feliz Rodrigo; faz eu me pegar
pensando em
você durante todo o dia. Você me faz bem, por isso eu te amo.
Não sei o que
acontecerá amanhá, pois o amanhã pertence a Deus. Mas o que eu te
digo sempre quando nos despedimos, digo como verdade: Leia os meus
lábios, Te amo ontem, hoje e sempre.
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